A ascensão da Realidade Mista como pilar da experiência imersiva
- Felipe Bello
- 22 de set.
- 2 min de leitura
Se os anos 2010 foram marcados pela ascensão da realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR), 2025 vem consolidando um novo protagonista: a realidade mista (MR).
Mais do que sobreposição de elementos digitais no mundo real ou imersão total em ambientes virtuais, a MR representa a fusão entre os dois universos, criando experiências interativas que se adaptam em tempo real ao espaço físico do usuário.
A grande virada está no avanço do hardware e da IA. Óculos e headsets mais leves, precisos e acessíveis já permitem que aplicações de MR sejam viáveis fora de laboratórios ou grandes corporações. E a inteligência artificial garante que os objetos digitais se comportem de forma coerente no ambiente físico, ajustando iluminação, perspectiva e até interação tátil.
Para o mercado, isso significa abrir uma nova fronteira. No setor imobiliário, por exemplo, clientes já podem visitar imóveis decorados digitalmente sem que o apartamento esteja pronto. Na indústria, operadores treinam com simulações hiper-realistas que reduzem custos e riscos. Na educação, alunos exploram anatomia, história ou engenharia em ambientes híbridos, muito além de livros e slides.
Do ponto de vista psicológico, a MR aciona uma camada mais profunda de imersão porque rompe com a barreira entre real e virtual. É a chamada presença estendida: o cérebro aceita com mais naturalidade a experiência, já que ela mistura o ambiente concreto do usuário com estímulos digitais.
E como toda tendência, os números acompanham: pesquisas de mercado já apontam crescimento exponencial no investimento em MR, impulsionado por empresas que buscam novas formas de engajar consumidores e colaboradores.
No entanto, esse futuro imersivo traz também questionamentos éticos. Até que ponto é saudável dissolver os limites entre o real e o digital? O debate está só começando, mas uma coisa é certa: ignorar a MR não será uma opção.
A realidade mista é só mais uma forma de invocar demônios digitais no seu espaço físico. A diferença é que agora eles respondem ao toque e não desaparecem quando você pisca. Maravilha, não?




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